Estava lendo este artigo do Seth Godin sobre treinamentos e retorno de investimento e ele realmente traz reflexões muito interessantes para nós, gestores nas nossas organizações. Me fez lembrar de algumas situações que acredito serem bem comuns para você também, profissional que lê este post:
√ Sim, cheguei a passar um ano sem treinamento.
√ Sim, houveram alguns anos (alguns = literalmente mais do que um) onde tive sim uma carga de treinamento, mas completamente desalinhados com minha função atual. Adorava a hora de pergunta no questionário final: “você aplicará o que aprendeu neste curso no seu dia-a-dia?”. Pensava em quantos ali na sala estavam com a sensação do “meu chefe me mandou aqui”. Nunca vi os resultados desta avaliação, para ser sincero.
√ Sim, senti na pele a queda dramática nos investimentos em treinamento em momentos de crise, principalmente após 2008. E pensava também “pra que treinar se pode ser que não tenhamos projeto amanhã”, mas assustava também com o “e se o projeto estiver aqui amanhã e tiver toda essa galera sem treinamento”? Louco.
Mas vamos ficar aqui com uma média das 20 horas de treinamento por ano por funcionário, para facilitar o exercício e pensarmos em um caso mais real. Se trabalhamos 2000 horas por ano, estamos realmente falando de 1% do nosso tempo de investimento em treinamento. Pouco. Pouco.
No artigo do Seth, o caso do atendente de call center é ótimo. Quantas vezes fica claro, ao entrarmos em contato com um SAC, que a pessoa do outro lado está completamente descapacitada em representar aquela marca mas que um bom treinamento poderia fazer a diferença? Falta de conhecimento no produto, no sistema, em habilidades de comunicação, etc.?
Realmente ela entregou zero de valor ao cliente.
E qualquer coisa que ela entregasse a mais, desde uma melhor percepção da marca pelo cliente até o problema deste resolvido, aprendido através de um treinamento, já seria retorno sobre o investimento feito com esta capacitação. Para os matemáticos, divida pelo zero anterior e terá um ROI infinito!
É claro, o ROI infinito é apenas ilustrativo. Treinamento também não é o salvador da pátria, desempenho é uma equação com várias, várias variáveis. Mas o ponto é que treinamento se paga. Não subestime isso!