Se alguém lhe perguntasse “você é uma pessoa inovadora?”, qual seria a resposta? Falamos muito de empresas inovadoras mas de fato as pessoas é que são inovadoras. As empresas passam a ser reconhecidas como tal devido às pessoas que estão por trás delas. Seus fundadores e líderes começam a construir uma cultura organizacional que prega e reconhece a inovação.
Fazer as coisas de uma forma mais divertida e mesmo assim com muita seriedade é sem dúvida um passo adiante nas abordagens de trabalho que temos contato há décadas. Com bastante frequência criamos soluções que, quando apresentadas, apresentam reações como estas:
“Está muito com cara de game. Nosso negócio precisa passar mais seriedade”.
E assumimos os comentários com muita naturalidade e parte do negócio. Afinal, apenas parte da população vai realmente demonstrar um perfil inovador e não há nada de errado com isso. Mas os inovadores que já embarcaram conosco nesta jornada, hoje colhem frutos muito positivos, inclusive com ganhos diretos em suas principais métricas de operação.
Nesta semana me deparei com um exemplo da Southwest Airlines que fala justamente sobre isto. Uma empresa que opera em um mercado competitivíssimo, em grande crise há anos, e mesmo assim apresenta resultados financeiros saudáveis. Isto porque os voos são mais confortáveis ou mais baratos? Nada disso: o humor dos funcionários é tão contagiante que se apresenta como um grande diferencial para a maioria dos clientes que geralmente está entediado com a necessidade de voar. Veja o vídeo:
Esta cultura que faz com que o clima fique tão agradável no voo começou com o fundador da empresa, Mr. Herbert Kelleher, que desde o início determinou o que seria um pilar da cultura organizacional da empresa: os empregadores deveriam levar o trabalho a sério, mas não eles mesmos. Começa-se então a mudar até a forma de contratação, ao invés de se procurar pelas habilidades necessárias para o trabalho, procura-se pelas melhores atitudes. Habilidades podem ser desenvolvidas, mas moldar atitudes é uma tarefa quase impossível.
Voltamos então a fazer a reflexão sobre o quão sério realmente nossa vida precisa ser para que aquilo demonstre seriedade. Será que se aquele site do seu banco tivesse uma cara mais divertida aquilo passaria menos confiança com relação à segurança? Ou apenas seria um desconforto inicial? E na sala de aula: brincar afeta a eficácia e importância do ensino?
Nós temos certeza que não!