É um tema polêmico. Aparentemente a resposta seria imediata: claro que não! Você não é pago para se divertir! Mas ela pode ser um grande equívoco, ainda recorrente de uma percepção antiga e fortemente embasada em valores ultrapassados.
Jane McGonigal cita, em seu livro Reality is Broken, um estudo feito com executivos (CEOs, CFOs, etc…) que revelou que 70% jogavam os chamados jogos casuais enquanto trabalhavam. E esta atividade durava entre 15 minutos e 1 hora. Convenhamos que 70% é um número bem significativo. Segundo eles, esta parada para jogar ajudava a diminuir o stress e deixá-los mais produtivos.
STOP! Como assim, deixar mais produtivo se jogar?
Isso mesmo! Todos nós somos bombardeados no nosso dia-a-dia de trabalho com a pressão, tarefas desmotivantes e muitas vezes difíceis de cumprir. Por outro lado, os jogos, principalmente os casuais, nos oferecem tarefas claras, rápidas e possíveis de se realizar e nos recompensam imediatamente. Após esta experiência extremamente positiva, nos sentimos mais confiantes, mais energéticos e mentalmente mais focados. E isto será traduzido em produtividade.
E nós precisamos disto! Uma fuga da realidade exaustiva do ambiente de trabalho para alguns instantes de experiência mais engajante. A versão game da paradinha para o café ou para fumar. E se você ainda tem dúvidas, podemos ir para a linha “contra fatos não há argumentos”, e recomendar uma espiada no trabalho feito por Leonard Reinecke, Games at Work, e olhar para o que ele encontrou em sua pesquisa.
E se o seu chefe não acredita nisto, conta que ele dificilmente vai conseguir bater os seus colegas quando virar um grande executivo na empresa. Pois eles já estão jogando! =D