Outro dia me defrontei com um artigo do Sr. Ian Bogost, um game designer e grande crítico da teoria de gamificação. E percebi que existe realmente uma quase legião de game designers que estão em ressonância com a mesma percepção, ou decepção, ou revolta com o termo Gamification.
A pergunta é: estão eles com a razão ou não?
Primeiramente é bom entender que está se difundindo o termo sem saber muito bem qual é realmente o seu propósito. Está na moda, vamos embarcar nesta! Ah, e a consequência de tudo isso? O que vemos cada vez mais é uma série de iniciativas que mais tratam-se de Pointsfication do que realmente Gamification. Ou seja, adicione pontos, badges e um leaderboard (o famoso PBL) e saia dizendo que você faz gamificação. E a parte fun da coisa, que vai de fato atacar a motivação instrínsica de cada um se cativar as pessoas para uma experiência similar a que elas encontram nos games? Não é então difícil concluir que estas iniciativas terão vida curta, não atingirão os objetivos como sistema de gamificação e consequentemente os resultados de negócio esperado.
Opá, saiu um artigo falando algo assim semana passada, certo? “O Gartner prevê que, até 2014, 80% das atuais aplicações de gamification não vão conseguir cumprir os objetivos de negócios, principalmente por causa do design defasado.” (Fonte: Computer World). E qual a conclusão mais óbvia, também citada no mesmo artigo? “O foco é a mecânica de jogo em vez dos elementos de design mais sutis e mais importantes como balanceamento de competição e colaboração“. E na minha leitura e tradução disto fica assim “Falta o talento, falta o game designer para elaborar estas dinâmicas e dar o diferencial nas soluções de gamificação“.
Fico então me perguntando se o Mr. Ian e todos os outros que pensam igual a ele não tem razão nas conclusões assumidas até agora, não porque o conceito é falho, mas sim porque não os chamaram para fazer o negócio direito!
Melhor pensar assim, fato: as pessoas ainda vão precisar passar muitas horas fora de suas casas, longe de seus games, para estudar, trabalhar, fazer academia, etc… que tal, game designers, trazer seu talento único para buscar inspirar e recompensar o extremo esforço e trabalho árduo destas pessoas nestas situações? Em outras palavras, game designers, help!
E você, o que acha de tudo isso? Que tal ajudar a fomentar o conceito de Gamification no Brasil?