A gamificação é uma maneira diferenciada de encarar processos e atividades que inicialmente não estão relacionadas a jogos. Ela pode tornar uma tarefa que antes era maçante em algo mais divertido de ser realizado, motivando e engajando a participação das pessoas. Mas será que ela pararia por aí?
Clark Buckner cita em seu artigo que desde que a tecnologia da gamificação veio à tona, termos como motivação e engajamento têm sido amplamente utilizados para descrever os seus efeitos sobre os usuários. E não há dúvidas de que ambos fatores são grandes influenciadores de comportamento.
Contudo, segundo o autor, estudos recentes mostram que isso não é tudo, e que um caminho muito aparente na gamificação é a necessidade de atrelar o progresso do jogador no game com o desenvolvimento de habilidades.
O progresso por si só já é um grande motivador: “Um estudo publicado na Harvard Business Review afirma que perceber o seu progresso em direção a um objetivo significativo, é o motivador mais forte para os funcionários. Mais que dinheiro. Mais que reconhecimento social” (BUCKNER, 2014, tradução nossa).
E isso acontece no sentido de que as pessoas percebem o progresso como algo que está aumentando sua habilidade em algum determinado aspecto: “Estou progredindo, já fiz bastante disso! Estou ficando bom nisso!”. Situação similar ocorre com a progressão no sistema de cores das faixas nas artes marciais, na qual a faixa preta, grau mais alto, simboliza os anos de trabalho árduo que aquele estudante desenvolveu para poder chegar naquele nível de habilidade. Habilidade que é maior do que as faixas anteriores.
O segredo no que se refere às propostas de gamificação seria encontrar o equilíbrio dentro desse aspecto da habilidade, identificando qual é importante e interessante de ser desenvolvida por determinado público, e tornar a progressão e o aumento de dificuldade dentro de um sistema de jogo bem equilibrados. Se o processo for muito fácil, as pessoas tendem a ficar entediadas e o abandonar. Se o processo for muito difícil, com passos impossíveis de serem alcançados, as pessoas tendem a se frustrar e desistir justamente devido à falta de habilidade em alcançar aquele objetivo.
Mas para finalizar, fica a questão: quais seriam maneiras eficazes de lidar com esse desenvolvimento e, inclusive, avaliar o progresso das habilidades por meio da gamificação?
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